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Foto do escritorDiana Camargo

O que é Autoestima e qual a sua Importância na Saúde Mental e Emocional

Atualizado: 18 de out. de 2023


O que é autoestima

A autoestima é a percepção e avaliação que uma pessoa tem sobre si, seu valor pessoal e autoconfiança (Rosenberg,1965). Ela desempenha um papel fundamental na saúde mental e emocional de uma pessoa. Ter uma autoestima saudável é essencial para o bem-estar geral e pode influenciar nos relacionamentos, realizações pessoais e até mesmo na capacidade de lidar com desafios.


A autoestima é construída ao longo da vida, os pilares da autoestima são as experiências passadas, relacionamentos interpessoais, padrões de pensamento e até mesmo a cultura em que estamos inseridos. A autoestima é composta por várias dimensões inter-relacionadas. Branden (1994) propôs que a autoestima é formada por dois componentes principais: o sentimento de autoeficácia, relacionado à crença na sua capacidade de dar conta das dificuldades que vive, e o sentimento de autoaceitação, relacionado à capacidade de aceitar-se e valorizar-se. Neste artigo, exploraremos o que é autoestima e por que ela desempenha um papel tão importante em nossa saúde mental e emocional.




Autoestima saudável

Uma mulher de cabelos curtos e escuros sorrindo
Mulher sorrindo

A autoestima refere-se à maneira como nos vemos, nos valorizamos e nos aceitamos como somos, ou seja, a nossa satisfação ou insatisfação conosco (Rosenberg, 1965). Quando temos uma autoestima saudável, temos confiança em nossas habilidades e capacidades, sentimo-nos merecedores de amor e respeito e acreditamos em nosso próprio valor. Isso nos permite estabelecer limites saudáveis nas relações estabelecidas, enfrentar desafios com determinação e ter relacionamentos positivos.


Uma autoestima saudável é crucial para nossa saúde mental e emocional. Ela influencia diretamente nossa autoconfiança, autoaceitação e autorrespeito. Quando nos sentimos bem em relação a nós mesmos, somos mais capazes de lidar com o estresse, enfrentar os desafios do dia a dia e tomar decisões assertivas. Além disso, uma autoestima positiva está relacionada a uma melhor qualidade de vida, relacionamentos mais saudáveis e maior resiliência emocional.


Uma autoestima saudável não significa ser arrogante ou ter uma visão inflada de si mesmo. Na verdade, é sobre ter uma apreciação realista de quem somos, com todas as nossas qualidades e imperfeições. É reconhecer que somos seres humanos em constante evolução, com o direito de cometer erros e aprender com eles. Ter uma autoestima equilibrada nos permite estabelecer limites saudáveis, respeitar nossas necessidades e nos valorizar em todos os aspectos da vida.


Baixa autoestima

Por outro lado, uma autoestima baixa pode levar a sentimentos de inadequação, autocrítica constante e dificuldade em lidar com adversidades. Além de contribuir para problemas como ansiedade, depressão, isolamento social e baixa autoestima. Pessoas com baixa autoestima podem duvidar de suas habilidades, sentir-se incapazes de alcançar seus objetivos e ser excessivamente autocríticas. Isso pode levar a um ciclo negativo de pensamentos e emoções, prejudicando significativamente a saúde mental e emocional.


A Importância da Autoestima na Saúde Mental

Uma autoestima saudável está intimamente ligada à saúde mental e emocional. Ela influencia diretamente nossa autoconfiança, autoaceitação e autorrespeito. Quando nos sentimos bem em relação a nós mesmos, somos mais capazes de lidar com o estresse, enfrentar os desafios do dia a dia e tomar decisões assertivas.


Pesquisas mostram que uma autoestima positiva está associada a uma maior resiliência emocional, menor probabilidade de desenvolver transtornos mentais como a depressão e ansiedade e melhor capacidade de lidar com o estresse (Baumeister et al., 2003; Orth, Robins & Roberts, 2008). Uma autoestima positiva atua como um fator de proteção, fortalecendo a saúde mental e prevenindo o surgimento dessas condições. Acredita-se que a autoestima desempenhe um papel fundamental na regulação das emoções, promovendo uma maior estabilidade emocional e reduzindo a vulnerabilidade a transtornos psicológicos (Kernis, 2003).


Mulher negra olhando seu reflexo no espelho, enquanto toca seu rosto e sorriem seu rosto enquanto sorri
Mulher olhando seu reflexo no espelho

Autoestima e Bem-Estar Emocional

A autoestima também está ligada ao bem-estar emocional. Um estudo realizado por Orth e Robins (2013) descobriu que pessoas com alta autoestima tendem a experimentar emoções positivas com mais frequência. Também são mais propensas a buscar relacionamentos saudáveis, estabelecendo conexões interpessoais significativas e duradouras (Mruk, 2006).

Uma autoestima positiva também está relacionada à autocompaixão e ao autocuidado. Indivíduos que se valorizam e se respeitam tendem a adotar comportamentos mais saudáveis, como uma alimentação equilibrada, atividade física regular e sono adequado (Neff, 2003). Esses hábitos saudáveis contribuem para uma melhor saúde mental e emocional, fortalecendo ainda mais a autoestima e criando um ciclo positivo de autocuidado.


Fatores Influenciadores da Autoestima

  1. Experiências de Infância: Experiências vivenciadas durante a infância desempenham um papel fundamental na formação da autoestima. Estudos mostram que experiências de apoio e afeto dos pais ou cuidadores podem promover uma autoestima saudável em crianças (Baumeister et al., 2003). Por outro lado, experiências negativas, como abuso ou negligência, podem ter um impacto negativo na autoestima (Orth et al., 2008).

  2. Feedback Social: O feedback recebido dos outros também pode influenciar a autoestima. Pesquisas indicam que o feedback positivo e encorajador pode aumentar a autoestima, enquanto o feedback negativo e crítico pode diminuí-la (Swann Jr, Chang-Schneider & McClarty, 2007). O apoio social e a aceitação de pessoas significativas desempenham um papel crucial no desenvolvimento de uma boa autoestima (Leary & Baumeister, 2000).

  3. Autopercepção: A autopercepção das habilidades e competências pessoais também influencia a autoestima. Acreditar que se é competente em diferentes áreas da vida, como acadêmica, profissional ou social, contribui para uma autoestima mais elevada (Kernis, 2003). Por outro lado, a autopercepção de falhas ou fracassos pode afetar negativamente a autoestima.

  4. Comparação Social: A tendência de se comparar com os outros também pode influenciar a autoestima. Estudos mostram que comparar-se com pessoas que são consideradas socialmente superiores pode levar a uma diminuição da autoestima (Wood, Perunovic & Lee, 2003). Por outro lado, comparar-se com pessoas que estão em situações semelhantes ou que possuem características semelhantes pode ter um efeito positivo na autoestima.

  5. Cultura e Sociedade: A cultura e a sociedade em que uma pessoa está inserida desempenham um papel na formação da autoestima. Crenças culturais sobre valor pessoal e padrões de beleza podem influenciar a autoestima de maneiras significativas (Twenge & Crocker, 2002). É importante reconhecer que as normas e expectativas culturais podem variar e afetar a autoestima de diferentes maneiras.

Como desenvolver a autoestima

Cultivar uma autoestima saudável requer trabalho e autocompreensão. É importante desafiar pensamentos negativos e autocríticos, praticar a autocompaixão e buscar apoio quando necessário. Vale ressaltar que a autoestima não é algo fixo, mas sim algo que podemos cultivar e fortalecer ao longo do tempo. Podemos desenvolver uma autoimagem positiva por meio de práticas de autocuidado, autocompaixão, reconhecimento de nossas conquistas e trabalhando em nossas habilidades e talentos. Desafiar os pensamentos negativos, substituindo-os por pensamentos mais positivos e realistas, também pode ajudar a melhorar a sua autoestima.

Além disso, buscar apoio de profissionais, como psicólogos, pode ser benéfico para fortalecer a autoestima e lidar com questões emocionais mais profundas. Eles podem ajudar a identificar padrões de pensamento negativos, traumas passados ou crenças que podem estar afetando a sua autoestima. Através de terapia, é possível desenvolver estratégias e ferramentas para fortalecer a autoestima e promover a saúde mental e emocional.


Conclusão

A autoestima desempenha um papel crucial em nossa saúde mental e emocional. Ter uma autoestima saudável nos permite enfrentar desafios, nutrir relacionamentos saudáveis e alcançar um maior bem-estar emocional. Reconhecer o valor próprio, trabalhar na autoaceitação e buscar apoio quando necessário são passos importantes para cultivar uma autoestima positiva. Investir em nossa autoestima é investir em nosso próprio crescimento e felicidade. Portanto, lembre-se de que você é único, valioso e merecedor de amor e respeito, e permita-se crescer e florescer em sua jornada de autoestima.



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